domingo, 2 de agosto de 2009

Um homem corajoso rumo ao inferno


Em minha angústia sou o instrumento de sua paz.

Um homem corajoso rumo ao inferno. Leva com ele todos aqueles que merecem.

Pensamentos de uma psiquiatra.

Uma psiquiatra perde o bebê e o marido em um acidente de carro.

“Tantos foram os prejudicados. A vida é preciosa. tira de nós tudo que temos, e mais ainda.Cair é bem mais fácil do que se imagina, e bem mais rápido.

Eu trabalho na área dos condenados. Os que caem são meus lucros. Eu sou médica psiquiatra. Eu atendi de um lugar distante e seguro. A dor nunca foi minha. Era uma abstração. Eram distúrbios químicos e neuroses. Impulsos resistíveis e capacidades reduzidas.

Eu nunca acreditei em corações partidos. Mas agora acredito. O que me foi tirado, nunca mais poderá existir. A perda já não é suportável. Se resume a uma única pergunta: - Ser ou não ser?.

Estou vazia, não triste. Vazia, não sinto nada. Me tornei um nada.

Esse mundo me parece tão sem graça e inútil. Me lembra um jardim mal cuidado.

Quando se olha no espelho, o que vê? Quem eu encaro de volta? Meu amigo resolve me dar um caso para estudar. De uma psiquiatra de renome que teve seis dos seus pacientes mortos, e jogaram acido em seu rosto. Há anos se encontra interna e não fala nenhuma palavra. Meu objetivo? Entrar na mente dessa psiquiatra.

Você quer dividir seu passado?"

(em minha angustia sou o instrumento de sua paz.)

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