sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sendo Agridoce...



Dentro de mim há uma árvore. Passou o tempo, e dessa arvore veio as frutas. Frutinhas lindas, perfumadas e doces. Essas frutinhas estão crescendo, amadurecendo. Temos nossas sombras. Temos raízes cravadas na terra, onde nos abastecemos, nutrimos e encorajamos.
Sou sólida, firme, rude com quem preciso ser. Resisto a águas e tempestades que me Judiam com vigor, as surpresas que me surpreendem ao castigo de dias severos. Preciso ser forte. Sou límpida, transparente e sincera ao extremo. Se me quebrarem, não se colarão os meus cacos. Eu me espalharei em pedaços, mas em cada um deles ainda serei o que sou, porque em tudo de mim está a minha essência.
Cabe dentro de mim um oceano. Feito de lágrimas, feito de sangue, feito de ondas de todas as experiências e situações vividas por mim até aqui.Foram dores e aprendizados. Me encantam e me atemorizam a um só tempo, e isso me seduz e me espanta.
A lua mora dentro de mim. Com todas as faces. Com segredos, com mensagens. Sou todos os meus ciclos. Fim e começo, reconstrução, ressurgimento.
Moram todos os ventos dentro de mim. Sou tempestade e brisa. Furacão e aragem. Aura. Sopro de esperança, que aspiro e respiro.
Há muitas estrelas dentro de mim. Sou a minha própria constelação num céu que inventei e onde alguns passeiam.
O fogo mora dentro de mim. Sou chama. Fogueira. Brasas, clarões. Calor e luz. Incinero minhas angústias. Renovo a energia. Eu me revigoro com tudo que acontece.
A terra está dentro de mim. Ela é a Mãe, sou filha dela. Útero, amparo, acolhimento.
A vida inteira cabe dentro de mim. Sou do todo uma parte. Que vibra, que sofre, que vive. Sou uma mulher de todas as ternuras, com todas as inquietudes, com a melhor coragem e a mais intensa força.
Sou o meu infinito e os meus limites. A corda que amarra e a espada que liberta. O animal. A pessoa. O ser. Eu sou todo o meu ser e assim haverá de ser sempre, sempre…não importa quanto eu precise lutar por isso.

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